quarta-feira, abril 29, 2009

Instantâneo

Certa saudade de mim: não acho minhas palavras entre as alheias. Olho textos, fotos, e me pergunto em que ponto exato eu parei no caminho.

Tento cultivar flores para ter alguma poesia na vida.

No "devagar depressa dos tempos", só mesmo Guimarães Rosa para surpreender de vez em quando.

É tudo tão esparso e fragmentário que eu me sinto mega-pós-moderna (os hifens estão certos?).

Ainda vou tentar organizar minha vida e o tempo louco que me arrebata rumo a sabe Deus o quê.

Sei lá.

2 Comments:

At 6:02 PM, Blogger Rodrigo Romeiro said...

não sabe? Nem eu. Mas, de tão instantâneo, já se vão quase três meses... êita, que esses leitores ocasionais sabem esperar o tempo certo da pizza sair do forno! "Ou não"... mas aí a frase já não é minha mais!

 
At 10:46 AM, Blogger Angélica Castilho said...

E o dia do aniversário é o instante cego do agora-quem-sou-eu?, do sentir-se em uma ponte (lembra do quadro O Grito, Edvard Munch?)entre duas certezas: nascer e morrer. Nossa sorte é que a ponte é/está na vida, e o eterno de antes e a dúvida do depois são apenas especulações. Quem se importa com as indagações? Eu, você, Clarice Lispector. Mas pra quê? Pra que se perguntar, se a vida se faz tão luminosa e infinitamente prazerosa no "já!" do "parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida"!
Beijo em seu coração.

P.S.: Era só pra desejar felicidades, mas fui "contaminada" com seu texto...

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)