sexta-feira, abril 11, 2008

Viagem ao redor de mim mesma

O sorriso cravado na foto
Tulipa de plástico na poeira dos dias.
Sobre a mesa brilham os metais
E as recordações de palavras além.
Páginas e páginas cheias
De céu, de choro, de tudo
De tudo o que há.












E o que pesa
O que grita
O que dói
É o branco do papel
Enquanto dilacera-se, barulhento,
O mundo dentro de mim.

1 Comments:

At 10:54 AM, Blogger r a c h e l said...

Que poema lindo e triste, querida. Beijo,

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)