Fragmentos de um discurso pós-quase-amor
- Eu não sei bem o que quero agora.- Eu também não.
- Mas antes eu sabia.
- ...
- Eu sabia que um dia isto ia acabar.
- Eu também. Mas não sabia quando.
- Não sabia que seria agora.
- Não sabia que seria assim.
- Não sabia que seria sem dor.
- Mas não dói para você?
- ...
- Não?
- É. Dói. Mas não dói tanto quanto eu imaginava.
- Mentira.
- Dói. Dói sim. Dói um pouquinho a dor...
- ?
- ... a dor de não sentir nada.
- ...
- Ou quase nada.
- Então não dói?
- Não.
- ...
- E é isso o que mais dói: depois de tudo isso, eu acabei descobrindo que o que eu quero, mesmo, é a dor.
- É. Eu também.
3 Comments:
bonita reflexão sobre a impossibiidade do amor, ou do amor que não se fez em falta.
Adorável.
Paz e bem
http://walmir.carvalho.zip.net
é, acho que é isso. o amor não se faz em falta.
gostei.
bj bj
efêmero é o sobre nome.
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