quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Amanhecendo-se

Acordando cedo, viu a lua que era um cílio branco e brilhante no céu indeciso entre o azul e o lilás. O ar frio e úmido despertou-a até as pontas dos dedos sempre dormentes. O silêncio gritava para além da janela aberta, para além dos territórios alcançados por seus olhos. Era o momento da inspiração: respirar a manhã que bocejava, colorindo as montanhas e as nuvens esparsas, aceitar o mundo que se oferecia quieto e vibrante.

E nesse momento ela compôs o mudo poema de sua vida.

3 Comments:

At 5:06 PM, Blogger r a c h e l said...

ah, eu amo o amanhecer. o entre o azul e o lilás. mas ainda amo mais o azul que vai se alaranjando e enegrecendo do final do dia.
:)
lindo viu, amei!

 
At 6:32 PM, Blogger EU.CÁ.VOO.CAMINHANDO said...

Lindo poema! Há 1 silêncio a "rebentar" em você(+ dia - dia) cheio de Vida e inesperados poemas.Há que não ter pressa.As coisas acabam por acontecer.
Aproveito para agradecer as simpáticas palavras no meu Blog.É isso: Vai-se tentando lidar com o Mundo do modo mais feliz dentro de nós. Não é?

Abraços e bjis.

 
At 1:01 PM, Blogger K. said...

o amanhecer me gera duas impressões: mau-humor e esperança.

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)