terça-feira, junho 20, 2006

Revelação

É à tarde que as montanhas realmente se mostram, com suas sutilezas e seus complexos contornos.

A luz mais intensa faz com que haja um só bloco, uno - quase uma só superfície. Ao cair da tarde, no entanto, a luz do sol se torna quase palpável, numa incrível variação em âmbar... E as montanhas se mostram, se revelam, se insinuam: relevos, curvas, elevações e reentrâncias, num sobrepor-se de abismos...

Nada mais compreensível que a vontade de voar, rompendo a diafaneidade dos raios do sol...

1 Comments:

At 9:53 PM, Blogger Nelson said...

Voar....

Um desejo inerente a todo aquele que admira montanhas, essa vontade de tocar, de ir mais longe, não sei de onde nasce essa alquimia em mim, mas sei que forte demais. Não há nada que eu queira mais agora do que estar lá novamente, pra me encontrar comigo mesmo mais uma vez.

Bom FDS.

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)