quarta-feira, janeiro 24, 2007

Pensamentos esparsos e irrelevantes

A cidade ontem parou para ver uma mulher de meia-idade quase inteira arremessando objetos vários de sua janela do terceiro andar, numa ruazinha do Centro. Bombeiros, polícia, curiosos. Desocupados ou não. Grande parte deles se lamentava por não ver uma cena de suicídio. Risos, muitos risos. Eta vida besta, meu Deus.

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No mesmo dia, uma carreta virou na estrada, como se fosse algo novo. Toneladas e toneladas de carne saqueadas pelos moradores das redondezas. Devo admitir que tive algum medo quando vi as viaturas da Polícia Federal, depois de dois dias um pouco turbulentos na BR-040.

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É que no domingo houve um assalto à praça de pedágio logo antes da subida da serra, poucas horas depois de eu ter passado por lá. E, no sábado, houve um assalto a um ônibus que ia pra Minas, também na estrada que eu tanto conheço e amo. Mas as coisas hão de ficar mais tranqüilas.

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Ainda assim, pego a estrada e me encontro novamente no BarraShopping, apesar dos pesares. Sim, eu fico perdida naquele monte de lojas. Ao menos consegui comprar algumas das coisas que pretendia. Mas falei da ida à Barra não pelas compras: foi só pra comentar que dois moradores da Manoelcarlolândia se exilaram por lá.

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É só ver alguém tirando foto no meio do corredor e encontrar um atorzinho qualquer. No caso, um tal cujo nome não sei - só sei que ele é tido como affair da Sônia Braga. Será que o Leblon está em baixa?

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Depois, uma criança meio encapetada gritando "Não quero mais tirar foto!!!!" - era o tal do Francisco, de "Páginas da vida". Pobre da criança que, aos cinco ou seis anos - ou menos? -, se vê assediada, tendo que parar para abraçar e beijar quem nunca viu mais gordo. Ele bem que podia dar um chute na canela de quem se aproximasse.

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Às vezes eu acho celular a pior invenção da face da terra.

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Comprei litros de protetor solar, mas estou descascando, ainda assim. Tenho que aprimorar minha técnica de bronzeamento eficaz e duradouro.

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Meu priminho de quase dois anos tomou sete picolés em umas quatro horas na praia. O pai dele, a personificação do orgulho.

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E, desde ontem, não me sai da cabeça uma música do Balão Mágico. Transcrevo a letra - riquíssima!!! - abaixo:

BOMBOM

Sonhei que era um cantor
De fama internacional
Sucesso arrebatador
En la America Central

Guitarra
Sombrero
Sol e som
Vamos a la playa
Bombom, bombom

Chiribiribi
Bombom, bombom
Chiribiribi
Bombom, bombom

Gatinhas me perseguindo
Curtindo com o meu som
Gritando: é lindo, lindo
Me chamando de bombom

Guitarra
Sombrero
Sol e som
Vamos a la playa
Bombom, bombom

Chiribiribi
Bombom, bombom
Chiribiribi
Bombom, bombom

Acordo de manhãzinha
Meu quarto cheio de som
Girando na vitrolinha
O meu sonho de bombom

Guitarra
Sombrero
Sol e som
Vamos a la playa
Bombom, bombom

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Vamos a la playa! E que haja sol.

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O mais incrível é procurar a letra de "Bombom" na internet e encontrar não somente ela, mas todas as outras. Eu me lembro das sessões de música que havia na minha casa: Balão Mágico, Trem da Alegria... Oh, que saudades que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!

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Vitrolinha. Vitrolinha. Eu tinha uma portátil, cuja tampa - vermelhíssima! - era a caixa de som. Minha prima que vai fazer onze anos, irmã do devorador de picolés, há um tempo tentava me pedir que colocasse um disco na vitrola sem se lembrar do nome daquele estranho objeto. "Aquele treco redondo e preto que toca música." Vitrolinha.

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A Rachel já falou disso no blog dela. Eu, altamente impressionável, não agüento mais ouvir sobre a emissão de CO2 na atmosfera. Já é a segunda vez que ouço a história das árvores que terei que plantar. Pelo menos não viajo de avião, assim minha dívida fica menor. Já decidi trocar a gasolina pelo álcool, mas estou rodando de carro cada vez mais. Assim acho que não chega a compensar...

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Mas, falando em plantar árvores... Não dizem que toda pessoa deve ter um filho, plantar uma árvore, escrever um livro...? Se você escreve o livro, destrói a árvore. E o pior é que muita gente por aí destrói árvore totalmente à toa...

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Ao menos existe a internet, e eu posso escrever este monte de baboseiras preservando o meio ambiente.

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Pronto. Chega. Cansei a mim e a qualquer resistente leitor que passeie por aqui. Vou voltar para o texto que o computador me roubou ontem.

1 Comments:

At 11:18 PM, Blogger Nelson said...

Nossa, um avalanche de notas e boas risadas garantidas, depois vc diz que não tem fôlego, rs.

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)