domingo, janeiro 07, 2007

The more you know the less you feel

Voltar aos primeiros tempos da infância. Voltar ao sensitivo, ao sensorial. Pra que pensar? Tão bom sentir... É pelos sentidos que eu sou. É pelos sentidos que eu tento ser.

Ao menos, é pelos sentidos que eu caminho certo, porque é nas sensações que eu me encontro. O mundo é tão grande, tão vasto - já dizia Drummond, em incontáveis poemas -, que a mim só resta sentir o luar esfarrapado entre nuvens de hoje à noite.

E sentir me enche o peito de um calor vago e impreciso. É quando eu tenho a nítida consciência de que há muito mais além de mim. É quando eu extrapolo, é quando eu me sou outras. É como se eu transbordasse de mim mesma, derramando-me pela estrada que brilha ao farol alto.

Eu sinto. E é só o que sei.

1 Comments:

At 11:41 PM, Anonymous Anônimo said...

Já faz algum tempo que não me sinto, não como outrora já o fiz. Deve haver depois da próxima esquina algo que me traga de volta, ou que me leve de vez até onde nascem os sonhos.

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)