À espreita
Guarda as palavras do teu silêncio nas noites insones:o barulho não vale o que sentes sem saber.
Nenhum de teus gritos dá a medida que desconheces,
a medida de ti, das horas, dos quilômetros além de teu alcance.
Guarda o teu silêncio da madrugada e seu profundo significado.
Descobre-te sem sentido quando a ordem parece intacta.
Guarda as palavras sem sussurros dos olhos abertos:
o sangue que pulsa é teu momento eterno.
Guarda tuas noites nas palavras esparsas.
Encontra-te na vigília.
Vigia-te os sentidos para que nada te escape.
Escapa da tua lógica crua e sufocante.
Sufoca o teu gemido de indagação.
Indaga-te sem aguardar resposta.
Não esperes que a manhã chegue para imprimir no silêncio branco
os longos cinco minutos de espanto e sentido.
2 Comments:
Não é a primeira vez que venho aqui e encontro palavras que me soam como se encomendadas por mim, deve acontecer com todos que buscam constantes respostas e justificaticas. Longos cinco minutos foram esses. Misto de sensações estranhas.
ai que lindo. lindo. lindo.
Postar um comentário
<< Home