Enquanto a ordem não vem

Arrumar os livros das estantes.
Arrumar os sapatos no armário.
Arrumar as roupas nas gavetas.
Arrumar o CD´s nas prateleiras.
Ajeitar os cabides no armário.
Ler o que eu tenho que ler - ou, ao menos, o que é mais urgente.
Separar as maquiagens que não uso mais.
Decidir o que escrever na monografia que tenho que entregar daqui a duas semanas.
Escrever o tanto que tenta sair e não consegue - ainda que sejam besteiras.
Ah, preciso que passe a pequena febre que se alojou em minha testa hoje de manhã. E a tosse. E o vento. Venta muito, e não há como ser organizada com vendaval. Nem com nuvens chumbo sobre nossas cabeças. A constante pressão do que se anuncia, pesado. A insustentável pressão do que vai desabar a qualquer momento.
É que, apesar de tudo, às vezes sou dionisíaca - embora todos discordem disso.
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