De profundis
Fixava os círculos concêntricos que surgiam e desapareciam, rapidamente, na superfície turva do lago - efêmeras cicatrizes deixadas pelas pedras. Buscava olhar o céu, as nuvens, mas a água estava lá: mergulho em si mesmo. Um inseto pousou na lâmina-d´água, imóvel. O improvável equilíbrio, e ele prestes a deslizar, chocando-se contra a superfície dura do mundo à sua volta. A falsa segurança da superfície da água: ondeou-se o espelho escuro do céu nublado, voou o inseto. Depois, silêncio. Apenas alguns círculos concêntricos às primeiras gotas de chuva.
2 Comments:
POIS O VELHO PALESTINA QUE TAMBÉM ANDAVA SOBRE AS ÁGUAS SERÁ QUE DEIXAVA UMAS MARCAZINHAS, UNS CIRCULOS?
iNSETOS E DEUSES SÃO MUITO MISTERIOSOS.
PESSOAS TAMBÉM.
PAZ E BOM HUMOR.
SEMPRE
Walmir
http://walmir.carvalho.zip.net
Bonito isso, viu?
Postar um comentário
<< Home