quinta-feira, setembro 21, 2006

De uma possível tentativa bem-sucedida


Ando animadinha desde ontem. É que escrevi um texto bonito. Sério: um texto bonito de dar orgulho.

Escrevi em vinte minutos, dei uma revisada. Mas ele está longe de mim, agora. Isolado, longe dos irmãos. E eu não o reli depois, quando o calor do momento me enchia de um sentimento que não se experimenta a toda hora: o sentimento de fazer algo realmente bom. Curto, mas bom.

Não vou escrevê-lo aqui. Quero cuidar dele, deixá-lo amadurecer dentro de mim. E apresentá-lo, um dia. Ou deixá-lo na gaveta. Ainda falta decidir.

Mas há um porém: só o li ontem. Em mim há só o espectro dele. Há uma grande chance de, quando lê-lo mais tarde, achá-lo uma droga. Ou, no mínimo, mediano. Vai saber.

Agora, resta a mim esperar. Como sempre.

"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)