segunda-feira, março 12, 2007

Deleite

A chuva não vem, mas o colorido dos morros está cada vez mais intenso: árvores irrompem em amarelho-brilhante, em roxo-alegria, em vermelho-alaranjado. Árvores irrompem em perfumes nas noites pálidas e quentes.

Acho que nunca percebi, como ultimamente, a riqueza dos contornos que me limitam - nunca percebi, ávida de detalhes, as florações das árvores cujos nomes não sei.

Vi uma paineira florida que fazia um tapete rosado sobre os paralelepípedos. Vi uma árvore cheia de flores de uma indefinível, rara e delicada cor-de-cinza.

Então me surpreendo com as cores que meus olhos podem ver contra o azul incrível dessas semanas sem chuva. E agradeço.

1 Comments:

At 11:27 PM, Blogger Nelson said...

Sinestésico em cores e formas dessa vez ;)

 

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"A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou dedos na ponta de minhas palavras." (Roland Barthes)